O curso aborda diversos tópicos relevantes, como técnicas de mediação de conflitos e protocolos de segurança escolar
Por Soraia Cantanhede, Ascom/SEEDF
Profissionais da rede pública de Ensino do Distrito Federal passaram nesta quarta-feira (13) por uma manhã de formação para prevenção e segurança no ambiente escolar. O curso é uma iniciativa da Polícia Militar do DF (PMDF), por meio do Batalhão de Policiamento Escolar, em parceria com as Secretarias de Educação e de Segurança Pública e Educação do DF. Cerca de 150 profissionais de diversas unidades escolares participaram do evento, na parte da manhã, no Centro de Convenções Israel Pinheiro. Pela tarde, outra turma participa da oficina.
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A formação contou com a presença da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, que reforçou que a parceria entre as Pastas possibilita “a visão e o conhecimento aos professores e a toda a comunidade escolar sobre como lidar com essas tentativas de ataques“. “Porque o profissional da educação, em uma emergência, é o primeiro a lidar com a situação. Por isso, esse curso aqui hoje é de extrema relevância, porque atuar de maneira preventiva é muito melhor do que atuar depois que o fato ocorre”, completou.
O secretário executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury, esteve no evento. “A origem de grande parte dos problemas é o bullying. Ele sempre existiu, mesmo com outros nomes. Precisamos combatê-lo! Precisamos combater a violência, conversar e educar, mas precisamos treinar os professores e funcionários com protocolos e esta é uma oportunidade. Precisamos, ainda, fortalecer os alunos. É um problema complexo e deve ser enfrentado por diversas maneiras“, reforçou.
O curso foi ministrado por especialistas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), da PMDF. Para a tenente-coronel Renata Cardoso, comandante do Batalhão de Policiamento Escolar, a parceria entre a Educação e Segurança, no atual contexto, é essencial, já que permite a construção de um ambiente escolar como um lugar seguro e de paz.
“Essa instrução tem a finalidade de trazer os aspectos conceituais desse fenômeno, de ataques ativos à escolas, alinhado com o referencial teórico que foi construído pelo Ministério da Educação, e preparar para que eles também se antecipem a uma situação. Ao notar a ocorrência de um fenômeno dessa natureza, o professor vai receber a informação de como ele deve proceder para que ele se defenda e também possa atuar na defesa dos alunos na escola“, destacou.
Durante o encontro, os participantes conheceram um pouco sobre os estudos teóricos e um apanhado histórico acerca da violência ocorrida dentro das escolas, em diversos países. Foram apresentadas, ainda, quais as principais causas e motivações para esses atentados, e de que forma a Polícia intervém nesses casos.
Um dos pontos principais da formação foram as simulações de situações de crise, que permitiram que os professores praticassem as habilidades de resposta em cenários realistas. Essa abordagem prática buscou prepará-los para agir de forma calma e eficaz em situações de emergência, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
A diretora do Centro Educacional São José de São Sebastião, Aline Gomes, destaca a importância da participação de gestores e professores no curso. “A violência nem sempre está na escola, mas acaba se desenrolando dentro da unidade. Então estar aqui, com professores da nossa unidade e coordenadores, é importante, porque seremos multiplicadores dos conhecimentos que serão passados nesta formação.”
Os profissionais da Segurança Pública destacaram que a implementação de medidas preventivas contra ataques em escolas desempenha um papel crucial na construção de um ambiente seguro. Estratégias como a criação de programas de conscientização sobre saúde mental e a promoção de um ambiente inclusivo podem ajudar a prevenir potenciais ameaças.
Uma série de ações que envolvem a temática já são desempenhadas pela Secretaria de Educação. Um dos exemplos é a publicação do Guia de Valorização da Vida, que visa promover debates e reflexões com os profissionais da SEEDF acerca de questões emergentes que perpassam a saúde mental e têm íntima relação com a escola, a saber: bullying, suicídio e automutilação.